Uma das revelações da música eletrônica no Rio Grande do Sul, o DJ Callil gravou recentemente um set na Concha Acústica, localizada no Parque Itaimbé, em Santa Maria. O set, que faz parte da última edição do projeto VouC E-Culture, foi disponibilizado na íntegra nesta semana no Youtube.

“Ocupar espaços da cidade e levar música eletrônica de qualidade para o público é um conceito que eu gosto. A vibe na concha e a recepção dos santa-marienses foi muito bacana”, ressaltou Callil.

O deejay santa-mariense, de 26 anos, também é produtor musical e pretende lançar duas tracks até o final do ano. Já em 2025, Callil pretende lançar um selo de música eletrônica.

“A ideia é que o nome da gravadora leve o nome do nosso projeto VouC E-Culture. Vamos investir forte na produção de música eletrônica e vamos apresentar muita track boa no próximo ano”, promete Callil.

O set gravado na Concha Acústica você pode conferir abaixo:

Abaixo, confira uma entrevista realizada pela VAM Magazine com Callil.

VAM Magazine: Callil, como você vê a evolução da música eletrônica no Brasil nos últimos anos e como sua própria carreira tem acompanhado essas mudanças?

Callil: Nos últimos anos, a música eletrônica no Brasil tem mostrado um crescimento incrível, com uma maior aceitação e popularização dos diferentes subgêneros. A cena tem se tornado mais diversificada e profissional, com festivais e eventos de alta qualidade, além do surgimento de novos talentos que estão ganhando reconhecimento internacional. Na minha carreira, busquei sempre acompanhar essas mudanças, experimentando novos estilos e tecnologias na produção musical e nos meus sets. Minha trajetória tem sido marcada por essa busca constante por inovação, sem perder a essência do que acredito ser a verdadeira vibração da música eletrônica.

VAM Magazine: Sua faixa “Doors” pela TheWav Records tem gerado um grande impacto nas plataformas de streaming. Pode nos contar sobre o conceito e a inspiração por trás dessa faixa e como você busca inovar e se diferenciar na produção musical?

Callil: “Doors” é uma faixa que simboliza a abertura de novas possibilidades e perspectivas. A inspiração veio da ideia de transição e transformação, algo que ressoa profundamente na minha trajetória como DJ e produtor. Trabalhar com @onze_music foi uma experiência enriquecedora, e juntos, buscamos criar uma sonoridade que fosse ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. Na minha produção, sempre tento incorporar elementos únicos e inesperados, seja através de texturas sonoras, arranjos melódicos ou colaborações que agreguem novas camadas de criatividade ao meu trabalho.

VAM Magazine: O set “Callil live @Concha Acústica – Santa Maria, Brazil 2024” marcou um momento especial na sua carreira. O que torna esse set único e como você se preparou para capturar a energia e a atmosfera da última edição da VouC E-Culture?

Callil: Esse set é especial por diversas razões. Primeiro, por ser a última edição da VouC E-Culture, o que já traz um peso emocional muito grande. Segundo, a Concha Acústica de Santa Maria é um lugar icônico e histórico, o que adicionou uma atmosfera única ao evento. Para me preparar, investi bastante tempo na escolha das faixas e na criação de um flow que capturasse a energia do público e do local. Tivemos uma equipe incrível trabalhando comigo, incluindo operadores de câmera, editores e fotógrafos, todos dedicados a fazer deste set algo memorável. No total, foram mais de dez parceiros envolvidos, incluindo Manoel Leal, Adolfo Gabbe, Luan Oliveira, Victor Mostajjo e Hagner Saenger.

VAM Magazine: Tocar ao lado de grandes nomes como Pimpogama, Victor Lou e Gui Boratto é uma experiência enriquecedora. Pode compartilhar algum momento específico ou lição aprendida durante esses momentos que teve um impacto na sua abordagem artística?

Callil: Cada encontro com esses grandes nomes trouxe uma lição valiosa. Lembro de minha apresentação ao lado do Pimpogama, onde percebi a importância da narrativa dentro de um set. Ele consegue contar uma história através da música de uma maneira única, algo que comecei a incorporar nos meus próprios sets. Com o Victor Lou, aprendi muito sobre a conexão com o público e como criar momentos de pico que realmente ressoam com as pessoas. Essas experiências me ensinaram a valorizar a autenticidade e a emoção na minha abordagem artística.

VAM Magazine: Olhando para o futuro, quais são suas metas? Existem projetos inovadores ou colaborações ambiciosas que você gostaria de realizar para continuar a elevar o seu trabalho e a cena musical do país?

Callil: Minhas metas para o futuro incluem expandir meu alcance internacionalmente e explorar novas colaborações que desafiem os limites do que é possível na música eletrônica. Estou muito empolgado com a ideia de lançar minha própria gravadora, que será uma plataforma para novos talentos e para sons experimentais que vão além do convencional. Também quero continuar a investir em produções audiovisuais de alta qualidade, como foi o caso do set na Concha Acústica, e explorar novos formatos de eventos que unam música, arte e tecnologia de maneiras inovadoras. Estou sempre aberto a novas colaborações e parcerias que possam elevar meu trabalho e contribuir para a cena musical do Brasil e do mundo.

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