O ambulatório transexualizador do Hospital Casa de Saúde completa, nesta terça-feira (10), seu primeiro ano de funcionamento. Nesse período, foram mais de 1,4 mil consultas nas áreas de psicologia, psiquiatria, clínica geral e endocrinologia a pacientes que buscam uma harmonia na corporeidade e no processo de cuidado, optando ou não pela transição de gênero.

O consultor de investimentos, Lucas Ritter Barbosa, 24 anos, foi um dos pacientes do serviço. Há um ano, ele começou a fazer todos os acompanhamentos no ambulatório e hoje se prepara para fazer a cirurgia de redesignação sexual que, embora não seja realizada no local, os especialistas fazem o acompanhamento pré-cirúrgico.

– Eles abriram as portas para mim e, desde o início, me apoiaram. É um local que eu sei que vou ter os melhores atendimentos, com especialistas que querem estar lá e se importam com a nossa comunidade. A gente pode ir sabendo que é um lugar seguro – afirma Barbosa.

As consultas são 100% gratuitas via Sistema Único de Saúde (SUS) e contemplam pacientes de 135 cidades do Rio Grande do Sul, que fazem parte de sete Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS): 4ª CRS (região de Santa Maria), 8ª CRS (região de Cachoeira do Sul), 10ª CRS (região de Alegrete), 12ª CRS (região de Santo Ângelo), 13ª CRS (região de Santa Cruz do Sul), 14ª CRS (região de Santa Rosa) e 17ª CRS (região de Ijuí).

Ambulatório é o primeiro no interior do RS

O ambulatório – que é o primeiro pelo SUS no Interior do RS -, tem capacidade para atender até 240 consultas mensais, além de realizar exames laboratoriais. Ele está localizado no mesmo espaço físico do ambulatório de outras especialidades, em prédio anexo ao hospital. O encaminhamento deve ser feito, exclusivamente, por uma unidade de saúde de referência do paciente.

– Ao completar um ano de atendimento no ambulatório transexualizador, confirma-se o propósito inicial desse serviço: oferecer um cuidado clínico assistencial em que o respeito e o cuidado fossem a marca do serviço. Ainda não chegamos à excelência, estamos dialogando para conseguir esse êxito e, enquanto isso não acontece, vamos firmando nosso compromisso de sermos cada dia mais acolhedores e conscientes de que humanos são tratados/cuidados como humanos – pontua a diretora da SEFAS, Irmã Liliane Pereira.

Serviço:

  • Público-alvo: pessoas que buscam uma harmonia na corporeidade e no processo de cuidado, optando ou não pela transição de gênero, que residam em um dos municípios de cobertura.
  • Capacidade: 240 consultas mensais via SUS, além de exames laboratoriais.
  • Encaminhamento: interessados devem procurar uma unidade de saúde referência para que o atendimento seja encaminhado pelo Sistema de Regulação.

 

Fonte: assessoria de imprensa Sefas

Foto: Tempórea Comunicação/Divulgação