A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Santa Maria intermediou uma reunião entre o Sindicato da Saúde de Santa Maria e o Ministério do Trabalho, na manhã desta terça-feira (14), no Plenarinho do Poder Legislativo. Na pauta, houve o debate sobre a reivindicação dos funcionários da Casa de Saúde e do Hospital São Francisco de Assis por melhores condições de trabalho.

A presidente do sindicato, Rosa Helena Aires Teixeira, relatou que os dois hospitais, que são administrados pela Associação Franciscana de Assistência a Saúde (SEFAS), não fornecem aos seus funcionários benefícios como o vale refeição e o convênio de saúde. Rosa Helena informou que existe um dissídio coletivo, juntamente com os hospitais da região abrangida pelo sindicato, com data base de 1º de abril. E que esse acordo, que prevê um aumento salarial parcelado em três vezes, está sendo cumprido. A sindicalista salienta que demais acordos estão sendo feitos, diretamente, como cada hospital e que os funcionários da Casa de Saúde e do Hospital São Francisco de Assis estão desamparados. “O que eles (funcionários) se queixam é que estão muito desprotegidos. É o salário e ponto”.

O vice-presidente do sindicato, José João Geremia, relatou que o sindicato enfrenta muita dificuldade de dialogar com a direção dos referidos hospitais e que estes não participaram das negociações. “Nem a cara deles nós vimos na negociação”.

Lista de reivindicações

O sindicato encaminhou à comissão uma lista com seis reivindicações à direção da Casa de Saúde e do Hospital São Francisco de Assis:

A – Hospitalização de empregados e atendimentos médicos para os funcionários dos dois estabelecimentos de saúde gratuitamente;

B – Fornecimento de lanches aos empregados plantonistas noturnos e diários;

C – Vale refeição de R$ 300 a todos os funcionários;

D – Adicional noturno das 22h às 7h;

E – Rescisões de contratos homologadas no sindicato;

F – Disponibilizar funcionário do setor de Recursos Humanos na sede dos dois hospitais, uma vez por mês, para esclarecer dúvidas trabalhistas, nos contracheques dos trabalhadores ou na escala de serviço.

Posição do Ministério do Trabalho

A gerente regional do Ministério do Trabalho, Adriana Aguilhar da Silva, afirmou que o órgão pode atuar de duas formas: fiscalizando, quando há supressão de direitos do trabalhador e propondo uma mediação coletiva entre as partes, o que seria o mais indicado para a situação relatada. Mas, segundo a gerente regional, essa solicitação não chegou ao Ministério do Trabalho por parte do sindicato. Ao final da reunião, ficou acordado que o Sindicato de Saúde solicitará ao Ministério do Trabalho a mediação do caso, junto à direção dos dois hospitais.

 

Fonte: Comunicação social CMVSM

Foto: Guilherme Superti/CMVSM/Divulgação