Os professores municipais de Santa Maria realizaram mais uma paralisação nesta terça-feira (9) em busca de um reajuste salarial. A concentração aconteceu durante a manhã na Praça do Fórum, próximo à sede da Secretaria Municipal de Educação, no bairro Nossa Senhora de Lourdes, e reuniu cerca de 50% dos professores municipais. Na concentração, 42 escolas estiveram representadas.
“A categoria entendeu o chamado para a mobilização e está acompanhando com unidade o calendário definido em assembleia”, afirmou a coordenadora de Organização e Patrimônio, Juliana Moreira.
Além do reajuste salarial, esteve na pauta do protesto os seguintes temas: falta de professores, reposição de professores aposentados ou afastados, contratação de estagiários e monitores, sobrecarga de trabalho das gestões, prédios com problemas estruturais, obras atrasadas, demora na criação de projeto para recuperação de aprendizagens, apoio em saúde mental de alunos e professores, segurança.
“Discutimos bastante nas últimas semanas a questão do medo nas escolas. Precisamos atacar a raiz do problema, e não só os fatos. Para que serve botão de pânico em escola que não tem nem muro?”, destacou a coordenadora de Educação Infantil, Deise da Silva.
REAJUSTE SALARIAL
O Sinprosm reivindica 14,95% de reajuste emergencial, mesmo índice do piso nacional para 2023. No entanto, a defasagem do salário básico no primeiro nível do plano de carreira ao piso nacional chega a 60%.
“Estamos em maio de 2023 e o piso não é cumprido, sempre é a mesma novela. É a valsa de 15 anos que poderia ser dançada aqui. Tenho 38 anos de magistério entre Estado e Município, vou me aposentar daqui a pouco sem ter visto esta tal valorização. Somos nós que trabalhamos, que estamos no chão da escola levando a educação nas costas”, manifestou-se a coordenadora de Educação no Campo, Lenir Keller.
CALENDÁRIO
Pelo menos mais duas datas constam na agenda de mobilizações dos professores municipais. A próxima paralisação será no dia 25 de maio. Na última reunião entre Sinprosm e Prefeitura, o prefeito Jorge Pozzobom apontou o início de junho como prazo para definir um índice de reajuste que deveria ter acontecido na data-base, em março.
*Com informações do Sinprosm
Foto: Paulo André Dutra/Sinprosm/Divulgação