A Prefeitura de Santa Maria tem investido na estruturação e qualificação do Setor de Tuberculose do Município. Atualmente, 100 pacientes da cidade são acompanhados, mensalmente, pelo setor.
O Setor de Tuberculose funciona junto à Policlínica José Erasmo Crossetti, na Rua Floriano Peixoto, e recebe a demanda espontânea de usuários, bem como os encaminhamentos realizados pelas Unidades de Saúde e pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). No local, é feito o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos usuários, além da distribuição de medicamentos (fornecidos por meio de um programa do Governo Federal que repassa os medicamentos para o Estado e, este, para os municípios).
Exame
Conforme a bioquímica do setor, Vera Regina Dias de Barcellos, o paciente pode procurar o local espontaneamente, sem necessidade de indicação médica. Ao chegar, ele é acolhido, relata os sintomas e é avaliado. Após, é feito o exame MTB – TR (Mycobacterium tuberculosis – Teste Rápido), que detecta o DNA do bacilo causador da doença. O exame é feito a partir de uma tecnologia avançada, no GeneXpert, um aparelho doado ao Município pelo Ministério da Saúde, capaz de fazer avaliação do paciente a partir de qualquer material (escarro, pus, urina, secreção, entre outros).
O exame fica pronto em cerca de duas horas e meia e, caso o resultado seja positivo, o paciente é comunicado para dar início ao tratamento. No acompanhamento, o usuário recebe medicamento mensalmente, durante seis meses. Nesse período, ele é avaliado mês a mês, para que seja verificada a efetividade do tratamento e a possível alta. Se não tratada, a tuberculose é uma doença que pode levar à morte.
“Aqui, também realizamos o tratamento de prevenção para aquelas pessoas que têm contato com a alguém que está com tuberculose. Nenhum usuário precisa ir a outro médico antes de vir aqui. Atendemos por ordem de chegada. Basta chegar, sem encaminhamento algum, que a pessoa será avaliada. Se estiver com tuberculose, já damos início ao tratamento”, explicou Vera.
Sintomas e transmissão
Conforme a superintendente de Atenção Básica do Município, Maria Suzana Lopes, os locais com mais casos de tuberculose em Santa Maria são o Distrito de Santo Antão (em função do Penitenciária Estadual), o Bairro Camobi e a Região Oeste. De acordo com Suzana, pessoas com a imunidade baixa, portadores do vírus HIV e dependentes químicos são os mais propensos a desenvolverem a doença.
Os principais sintomas são tosse por mais de três semanas, febre no final do dia, perda de peso e do apetite, sudorese noturna, entre outros. A doença é transmitida pelas vias áreas, através de tosse, espirro ou secreção.
O Setor de Tuberculose conta, hoje, com uma equipe composta de cinco pessoas, sendo uma médica infectologista, uma bioquímica, uma enfermeira, uma auxiliar de laboratório e uma auxiliar administrativa.
Serviço
Setor de Tuberculose do Município
Endereço: Rua Floriano Peixoto, 1752, junto à Policlínica Central José Erasmo Crossetti
Horário de atendimento: De segunda a sexta-feira, das 7h ao meio-dia e das 13h às 16h
Telefone: (55) 3921-7060
Fonte: Prefeitura de Santa Maria