Uma audiência na 1ª Vara Criminal de Santa Maria que ocorrerá, na tarde desta terça-feira (21), poderá definir se o motorista acusado de atropelar o policial militar, Luis Henrique Borba, 34 anos, em agosto do ano passado, irá a júri popular ou não.

Na audiência serão colhidas provas, ouvida a vítima, ouvida todas as testemunhas e por último o réu. A partir disto, o juiz Ulysses Fonseca Louzada definirá se o réu irá ao Tribunal do Júri.

O advogado Thiago Carrão, assistente de acusação, está confiante que o acusado irá ser submetido ao Tribunal do Júri.

“Creio plenamente na justiça, e neste caso não há sombra de dúvidas que o acusado assumiu o risco ao estar alcoolizado e mesmo assim assumir a direção de um veiculo, além disso ao ver a barreira policial, deliberadamente acelerou, atentando contra a vida deste policial”, ressalta Carrião.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público por cinco fatos: os crimes de tentativa de homicídio doloso duplamente qualificada (por recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo crime ter sido cometido contra policial militar, o que torna a tentativa de homicídio hedionda), desobediência (duas vezes), resistência e embriaguez ao volante.

O policial militar sofreu uma fratura no pé direito, na altura do tornozelo, além de outras lesões.

Thiago Carrão atua como assistente de acusação no caso. Foto: Arquivo pessoal

Relembre o caso

O caso aconteceu na noite de 25 de agosto do ano passado quando o motorista atropelou o policial militar depois de ter furado uma blitz da Operação Balada Segura, que ocorreria na Rua Tamanday, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes. Na tentativa de fuga tentativa de fuga, o condutor também colidiu em outro carro. Conforme as investigações, o jovem, que dirigia um Corsa, não obedeceu quando um dos agentes da Coordenadoria de Trânsito e Mobilidade Urbana (CTMU) pediu que ele parasse. Ao seguir com o veículo, ele atropelou o policial militar, que ficou preso sobre o capô do carro por cerca de 200 metros até que o veículo parou depois de bater em outro carro. Com a colisão, o policial militar caiu embaixo do automóvel.

Segundo a denúncia, o motorista apresentava sinais de embriaguez e, no carro dele, foram encontradas garrafas de bebidas. decorrentes do crime. Dilamar Borges foi preso em flagrante e sua prisão foi convertida em preventiva depois de pedido da Polícia Civil, com manifestação favorável do MP.

 

Crédito da foto: Lucas Rutsatz/Arquivo pessoal