Polícia

Denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Alexandra Dougokenski foi condenada a 30 anos e 8 meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Planalto. O julgamento terminou na noite desta quarta-feira (18), depois de três dias de júri.

Alexandra foi condenada por todos os crimes pelos quais foi acusada: homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima) cometido contra o filho Rafael Winques, ocultação de cadáver do filho, falsidade ideológica e fraude processual.

No julgamento, a defesa da ré sustentou que o verdadeiro autor do crime foi pai de Rafael, Rodrigo Winques, e pediu a absolvição dela.

O Tribunal do Júri foi presidido pela juíza Marilene Parizotto Campagna e integrado por quatro juradas e três jurados. O interrogatório de Alexandra aconteceu na manhã de hoje e foi seguido pelos debates, que se estenderam até a noite. Por volta das 23h30min, a juíza Marilene fez a leitura da sentença.

O crime

Conforme MP, entre a noite de 14/05/20 e a madrugada de 15/05/20, Alexandra agiu sozinha, matando o filho Rafael, pelo sentimento de dominação que tinha sobre ele (torpe), devido ao uso excessivo de celular (fútil), ministrando no menino dois comprimidos de Diazepam (dissimulação) e, depois, o estrangulando (asfixia). Em seguida, ela levou o corpo até o terreno vizinho e o colocou em uma caixa (ocultação de cadáver). No dia seguinte, ela teria comunicado à Polícia do desaparecimento do filho (falsidade ideológica) e, no decorrer das investigações, passou falsas pistas aos policiais, inclusive, um calendário que supostamente teria uma marcação feita por Rafael no exato dia do seu desaparecimento (fraude processual).

 

*Com informações do TJRS e MPRS

Créditos: Juliano Verardi – DICOM/TJRS