A Prefeitura apresentou a nova central telefônica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) junto ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Avenida Medianeira, 91. Além da mudança, a central – que já possuía atendimento local diário entre 7h e 1h – passa a fazer a regulação do serviço (regulação médica e avaliação inicial da urgência dos chamados que chegam via 192) em tempo integral.

“Iniciamos este planejamento para concretizar a central do Samu no Município, bem como o Ciosp, há muito tempo. Toda decisão que o Rodrigo Decimo e eu tomamos com a equipe de planejamento de governo é sempre ouvindo os técnicos. E isto não é um gasto, é investimento, pois estamos tratando daquilo que é mais importante: salvar vidas”, afirmou o prefeito Jorge Pozzobom.

Na prática, a novidade proporciona mais viabilidade técnica, pois otimiza o tempo de resposta do Samu e agiliza o atendimento de ocorrências. Além disso, com uma sala no Ciosp, o Samu tem mais aproximação com as forças de segurança, como Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar, além de poder contar com as mais de 1,2 mil câmeras de videomonitoramento para qualificar a decisão do médico regulador.

“Esse passo importante que estamos dando agora com a vinda do Samu pra cá, se deu também pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, e também pelo Consepro. Mais do que nunca, é uma comunhão de esforços que a gente tem aqui, para que a gente possa atender a nossa população cada vez melhor”, ressaltou o vice-prefeito Rodrigo Decimo.

O Samu em Santa Maria é administrado pelo Instituto Masper e possui 61 profissionais. Fotos: Marcelo Oliveira/PMSM/Divulgação

Pioneirismo 

A medida é uma continuidade dos esforços do Executivo Municipal em centralizar no Município a regulação do Samu. Em novembro de 2019, foi implementada a Central de Regulação Compartilhada (CRC) em Santa Maria, junto à base do Samu. Nesta época, o atendimento era regulado localmente durante 12h/dia (das 7h às 19h), e as ligações fora desse horário passavam pelo crivo de um médico regulador em Porto Alegre. Já em janeiro de 2022, a regulação local do serviço passou para 18h/dia (das 7h até 1h).

Santa Maria é pioneira na implementação da CRC do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e é a única cidade do Estado a ter atendimento local com profissionais dedicados exclusivamente à regulação. A mudança da central de atendimento para o Ciosp ocorreu em 31 de outubro deste ano, momento em que a regulação local em tempo integral teve início. A base do Samu junto ao Pronto Atendimento do Patronato seguirá sendo utilizada como base das equipes de intervenção.

“A vantagem principal do Samu hoje aqui no Ciosp é o tempo de resposta, que diminui bastante. E principalmente o deslocamento de viaturas. Antigamente acontecia, eventualmente, de algumas ocorrências serem atendidas pelo Samu e pelos Bombeiros. Hoje nós temos integração aqui diretamente com os bombeiros. A gente percebe que os bombeiros vão ali, conversam e evitam uma duplicidade de viaturas no mesmo local. A viabilidade técnica é sensacional, e trará economicidade para o município e Estado”, considera o assessor operacional do Ciosp, Paulo Sergio da Silva.

O investimento por parte do Executivo Municipal no Ciosp é de cerca de R$ 7 milhões ao ano. Conforme dados da Secretaria de Saúde, o investimento mensal do Município para que a regulação compartilhada do Samu ocorra localmente durante 24 horas por dia é estimado em R$ 131 mil mensais, o equivalente a R$ 1,57 milhão por ano.

SAMU

O Samu em Santa Maria é administrado pelo Instituto Masper e possui 61 profissionais, entre médicos, enfermeiros, condutores socorristas, técnico de enfermagem e médicos reguladores – que são responsáveis por fazer a regulação do serviço, e fazem o primeiro atendimento, por telefone. Os profissionais estão divididos em quatro equipes, uma chamada de “suporte avançado”, com médico, enfermeiro e condutor, e outras três de “suporte básico”, com técnico de enfermagem e condutor.

“Esta é uma questão antiga que vínhamos debatendo, de trazer a nossa central para junto do Ciosp com o intuito de diminuir ainda mais o nosso tempo de resposta, uma vez que aqui a cidade toda é monitorada e vigiada. Se algum colega de outra instituição de segurança ver algum acidente, o nosso médico regulador pode consultar as imagens da ocorrência para avaliar a gravidade do fato e determinar qual a ambulância que vai prestar esse atendimento. Isso sem mencionar a integração com outras instituições. Vai qualificar a tomada de decisão do médico regulador, e proporcionar um serviço de melhor qualidade para a população”, considera Nilvo Rosa, coordenador administrativo do Samu em Santa Maria.

O órgão faz parte de um sistema regional que pode atender qualquer pessoa doente, ferida ou em trabalho de parto em situações de urgência ou emergência. Eles podem transportar essas pessoas com segurança para o hospital, com a companhia de profissionais de saúde. A área de atuação do Samu em Santa Maria contempla o território do Município e todos os transportes de pacientes de UTI em um raio de até 200 km.

Fonte: PMSM

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